Fábio Pontes, da editoria de política do AC24Horas
Com menos de três meses para poder inaugurar
obras sem desrespeitar a legislação eleitoral, o governador Sebastião Viana
(PT) determinou à sua equipe celeridade na construção de obras e outras ações
do governo capazes de render dividendos nas eleições de outubro. Já a partir de
abril Sebastião estará impedido de participar de solenidades oficiais que
possam vir a beneficiá-lo como candidato à reeleição.
Segundo informações, as equipes que executam
os programas estratégicos já receberam ordens de não perder um segundo do dia
para garantir palanque ao governador, ampliando, assim, sua exposição neste
período para ampliar a vantagem sobre os adversários. Projetos específicos são
os mais visados pelo governo, cuja capilaridade eleitoral deixaria o governo
numa zona de conforto.
As ordens são para que Ruas do Povo e Cidade
do Povo tenham ritmo acelerado. A péssima execução do programa de pavimentação,
porém, resultou em desgastes para o governo. Em algumas cidades muitas das vias
já deixaram de existir, enquanto em outras o sistema de drenagem não suporta o
grande volume de chuvas da região, ocasionando em casas invadidas pela água.
Para evitar problemas, a ordem é pavimentar o
maior número de ruas, mas garantindo o mínimo de qualidade. O principal gargalo
está na Cidade do Povo, projeto que, se executado 100% até outubro, asseguraria
uma reeleição tranquila para Sebastião pelos seus impactos sociais de 10.000 casas.
Atrasos impediram o governo de entregar
em 2013 ao menos 3.500 residências; a nova promessa é da inauguração de
unidades agora em fevereiro, mas sem um número certo de famílias e eleitores
beneficiados.
O objetivo é fazer inaugurações conta-gotas até
abril, a fim de assegurar maior visibilidade na estrutura de mídia financiada
pelo governo, passando a imagem de um governo em pleno movimento e dinamismo
neste período pré-eleitoral.
Outro alvo será o programa de piscicultura,
com a inauguração do complexo frigorífico que absorverá toda a produção de
peixe do Estado, e de onde será exportado para outros mercados, bem como a
construção de novos tanques.
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