25 de maio de 2018

Um condutor de boas ações

Zé Lima trabalha como motorista há 30 anos (Foto: arquivo pessoal)
A água que ferve na vasilha ás 05h é utilizada no preparo do café que compõe o primeiro alimento do dia e traz a energia necessária para mais um dia de trabalho. O portão da casa se abre e o carro popular inicia o seu percurso pelas principais ruas de Rio Branco, capital do Acre.
A caderneta apresenta uma lista extensa com endereços e atividades diárias de cunho profissional e outras demandas extraordinárias que, geralmente, são executadas até 20h. Atrás do volante está José Gildásio de Lima Sousa, 54 anos, casado, natural de Tarauacá. Zé Lima é o nome pelo qual os amigos mais íntimos costumam se dirigir a ele.
O profissional que acumula três décadas no exercício da atividade de motorista ingressou no ramo em 1988, quando veio para Rio Branco em busca de oportunidade de trabalho. O primeiro emprego foi no mercado Boa Vista, onde permaneceu por seis meses. Depois, manteve-se na mesma área, prestando serviços para a representação da prefeitura de Tarauacá.
A terceira experiência profissional foi dirigir para o deputado estadual Manoel Machado, onde teve os primeiros contatos com a população jordanense. Naquele período, Lima conheceu os vereadores de Jordão, durante as agendas no gabinete de Machado, em Rio Branco.
Em razão da elevação das demandas institucionais o motorista foi contratado em 1998 pela prefeitura de Jordão, para dar suporte na logística e demandas do executivo municipal. “Conheci os ex-vereadores Nonato Sombra, Dedé, Dema, Alto Farias e Célio. Por meio deles, passei a conhecer outras pessoas de lá”, relata.
A relação foi crescendo naturalmente enquanto os vereadores indicavam pessoas que precisavam de apoio para a realização de algumas atividades de interesse pessoal na capital. “No início, eles me procuravam para buscar auxilio, principalmente, com transporte para atendimentos de saúde, cirurgias, retirada de documentos e procedimentos do bolsa família”, lembra Lima.
Lima continua exercendo sua atividade profissional, dando suporte aos procedimentos burocráticos do governo municipal junto as instituições. O motorista também se mantém disponível para realizar as atividades extraordinárias de pessoas que o procuram. “Muitas vezes são encomendas de remédios. Gosto de auxiliar da forma que eu posso. Se eu não puder ajudar, também não atrapalho”, concluiu.
Kezio Araújo