Cúpula da segurança se reuniu para informar resultados da “faxina” na penal |
A Polícia Militar aprendeu 68 celulares, armas artesanais e até
entorpecentes durante a operação realizada nesta sexta-feira, no Presídio
Estadual Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco. O balanço da operação no
complexo prisional foi informado durante coletiva na tarde desta sexta, na sede
da Secretaria de Segurança Pública, pela cúpula do setor. 450 policiais
participaram da “faxina” na prisão.
O secretário de Segurança, Emilson Farias, disse que o Estado
não vai tolerar qualquer “tipo de crime”. Farias acrescentou que a operação não
tem a ver com o vídeo com ameaças a agentes penitenciários que circula pelas redes
socais e que teria sido feito por presos no interior da unidade prisional.
“Nós não vamos tolerar qualquer tipo de crime. Mas
vamos respeitar dos direitos dos presos e de seus familiares. O vídeo que
circulou na manhã de hoje não motivou a operação. Vamos ter que investigar a
procedência do vídeo”, informou.
Ele acrescentou ainda, ao comentar os últimos atentados com
mortes a agentes penitenciárias, que não descarta a existência de grupos de
extermínio atuando contra os agepens. “Há inquéritos em curso para investigar
ambos os casos”, acrescentou o secretário de Segurança.
O diretor-presidente do Instituto de Administração
Penitenciária, Martin Hessel, informou que o trabalho foi feito de
forma simultânea no Estado e acrescentou ainda que a Administração
Penitenciária identificou os presos que estavam com os celulares para puni-los.
Ao ser indagado sobre como esses celulares entram no presídio,
já que há uma rigorosa fiscalização na entrada do presídio, inclusive com
detectores de metais e raquetes, Hessel admitiu que está “havendo alguma
falha”. “A gente reconhece alguma fragilidade no sistema, mas nós estamos
iniciando uma nova gestão”, disse.
O promotor Dayan Albuquerque , da Promotoria do
Controle Externo da Atividade Policial e Fiscalização do Presídios, que
acompanhou a operação, disse que o “Estado não pode coadunar” com a situações
de ameaças vindas da prisão.
“Verificar, fiscalizar os direitos. Agora quando você tem
direitos você tem deveres também. O papel do MP foi acompanhar essa
ação. E não houve nenhum tumulto nenhuma agressão. O sistema não
pode coadunar com algumas atitudes. E outras operações, como já foi falado
aqui, serão realizadas”.
Luciano Tavares, de Ac24Horas
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