O senador Gladson Cameli (PP-AC) manifestou a sua preocupação com
o elevado número de jovens com idade entre 15 e 29 anos que não trabalham nem
estudam.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
na pesquisa nacional por amostra de domicílios feita em 2012, a geração nem
nem, como é conhecida essa parcela da população que nem trabalha nem estuda, é
formada por 9,7 milhões , num universo de 49,4 milhões de jovens.
Diante desses dados, o senador defende medidas para aumentar a
oferta de cursos de capacitação para esses jovens e de empregos. Ele reconheceu
a elevação do número de vagas em cursos de nível superior nos últimos dez anos,
mas observou que na faixa que compreende os jovens com idade entre 15 e 17
anos, a preocupação maior deve ser com a conclusão do ensino médio.
Já entre os que têm mais de 18 e menos de 24 anos, a preocupação
deve ser com a capacitação profissional e a oferta de empregos, pois 23,4%
deles nem trabalham nem estudam, lamentou o senador.
Quanto aos que têm mais de 24 anos e menos de 29, o índice é
menor: 21,3% deles não trabalham nem estudam. Por isso, ele sugeriu medidas de
incentivo às empresas que contratarem pessoas nessa faixa etária.
Outra preocupação de Gladson Cameli é em relação ao público
feminino, pois 73% da geração nem nem é formada por mulheres. Em sua
avaliação, a gravidez precoce é responsável pelo afastamento dessas jovens do
estudo e do mercado de trabalho.
Ele ainda lamentou que a violência seja uma realidade nessa faixa
da população.
- As taxas de violência no Brasil são altíssimas. Em 2012, o IBGE
registrou uma taxa de 25,2 vítimas a cada 100 mil habitantes. E quando tratamos
de jovens de 15 a 29 anos, esse número é seis vezes maior: temos uma taxa de
mortalidade nessa faixa etária de 175 mortes por 100 mil habitantes. Esses
números mostram que o ditado popular ‘mente vazia, oficina do diabo’ nunca foi
tão correto - disse o senador.
Agência Senado
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