Há nove anos atrás
uma família de agricultores após terem nascido, casados, construído família e
ter criado seus 11 filhos nos seringais ás margens do Rio Jordão, acharam
necessário vir morar na cidade, algo detestável até então pra eles.
Ao chegar, se
depararam logo com a falta de água potável pra beber e quase todos os dias
dona Amazonita de 62 anos hoje, pegava água para seu uso a uma
distância de cerca de 300 metros de casa, sendo que em sua colônia tinha um
igarapé inteiro de águas límpidas e cristalinas só pra ela a uns dez metros de
casa.
Foram 9 anos de
luta e sofrimento, ouvindo promessas de políticos de os ajudar e nada. Mês
passado, ela resolveu vender uma pequena geladeira que tinha pra juntar com
mais um dinheiro que já há muito tempo juntava e comprar 55 canos de 6 metros
cada para fazer sua ligação d’água.
Foram cerca de 330
(mt) de canos pra água poder chegar em sua casa, um valor equivalente a R$
825,00 (oitocentos e vinte e cinco reais) de investimento, já que sua velhice não
lhe permitia o esforço, sendo necessário sempre que precisava da ajuda dos
filhos, que apesar de ser uma obrigação, sempre iam lá socorrê-la carregando
água.
Hoje, ao passar
pela rua de acesso ao bairro novo onde sua água é ligada, deparei-me com uma
situação que me deixou furioso: é que um funcionário do DERACRE, de forma
irresponsável, foi até lá com máquina para fazer um trabalho imundo, e além de
dificultar o acesso dos moradores do bairro ainda quebrou os canos da água de
dona Amazonita e nem sequer a avisou.
Quando as pessoas
levam um funcionário desse à delegacia e o faz pagar a encanação quebrada e
refazer a ligação que foi danificada, o sujeito ainda vai dizer que só estava
fazendo o seu trabalho.
Concordo, mas que
faça direito e com responsabilidade. E pergunto a você: se fosse você o que
faria? Ou até quando o povo vai ficar sendo ignorado por pessoas assim?
Fonte: Blog Jordão Agora (João Bráz)
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