Quando
em Vidas Secas Graciliano Ramos apresenta Fabiano e a sua peregrina família
diante de sua trágica relação com a terra, produz no imaginário do leitor a
relação entre esse homem Fabiano e outras dezenas de centenas de brasileiros
que foram amordaçados pelos podres poderes.
Daí
entender que o nome Fabiano foi mesmo bem escolhido, Fabiano do latim quer
dizer: a fava que cresce; ou o feijão que cresce. Olha que audácia do destino:
No império romano feijões eram utilizados para votar, um feijão branco
significava um sim, um feijão negro, um não. Que poder tinha então o feijão? Nenhum.
Ele apenas era escolhido segundo opção de quem estava no poder. Manipulado e
vazio de existência política era o feijão. A sorte do feijão estava somente em
ser lançado no chão. E, se a terra o ajudasse, ele poderia crescer.
Será
que nos dias atuais o contexto político e social é diferente?
Hugo
Brito
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