Os líderes de partidos de oposição se reuniram na manhã desta sexta-feira, 04, na sede do Partido Progressista (PP), para definir o método de escolha dos candidatos a prefeito dos municípios do interior do Acre.
O evento a portas fechadas reuniu Márcio Bittar (PSDB); Alyson Bestene, José Bestene (PP); Flaviano Melo (PMDB); Antônia Lúcia (PSC), que também representou PTC e PRTB; Jamyl Asfury (DEM); um representante do PSD e um pesquisador.
Segundo informações de dirigentes partidários que participaram do encontro, não houve consenso e o cenário nos municípios do interior do Estado segue indefinido. A única definição seria que os candidatos poderão ser escolhidos através de pesquisas.
Mesmo com o acordo em torno da pesquisa, a desconfiança dos dirigentes partidários seria sobre a escolha de um instituto de pesquisa confiável. Os presidentes de partidos não confiam em institutos que tenham ligação com qualquer um dos partidos de oposição.
Diante do clima de desconfiança, as legendas de oposição poderão pulverizar várias candidaturas no interior, assim como na capital, facilitando a tarefa de manter a hegemonia da Frente Popular, que parecia uma incógnita com fortalecimento dos oposicionistas.
O PP continua firma no propósito de apoiar os tucanos na capital, mas os acertos no interior do Estado seriam um entrave nas negociações, já que o partido não se afina com o PSD e PMDB em municípios, como Tarauacá e Plácido de Castro.
A divisão que acontece em Rio Branco, com o PSD caminhando em um bloco com o PMDB, lançando uma candidatura alternativa a do PSDB, PP, PSC, PTC, PRTB, PRP e PTdoB, além de DEM e PP, em um terceiro bloco, poderá se repetir nos demais municípios.
Além das diferenças partidárias, alguns dos participantes da reunião desconfiam da ligação de um partido do bloco de oposição com a FPA. Este suposto traidor estaria alimentando a cúpula da coligação de informações do passo a passo das decisões dos líderes da oposição.
Ao final do encontro os representantes das legendas saíram com expressões fechadas, denotando a clara falta de entendimento na oposição. Os interesses individuais dos grupos políticos estariam interferindo diretamente nos acertos, segundo um dos participantes.
Com os ânimos acirrados e com muitas indefinições e desconfianças dos dirigentes das executivas estaduais, os diretórios municipais dos partidos de oposição poderão ficar com a árdua tarefa de fazer as definições por conta própria no interior e partir para o salve-se quem puder das disputas individuais.
Ray Melo, da redação de ac24horas
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