Algumas escolas municipais poderão fechar as portas
no ano que vem porque as prefeituras não terão dinheiro para manter os
colégios, alertou o senador Gladson Cameli (PP-AC). Ele manifestou preocupação,
nesta quarta-feira (28), com a queda no repasse do Fundo de Participação dos
Municípios. Segundo Cameli, os cortes variam entre 30 a 40% do total, ou R$ 2,4
bilhões em um ano.
— Prefeituras de vários municípios do Acre estão a
ponto de fechar as suas portas em protesto contra os cortes do repasse no Fundo
de Participação dos Municípios. Segundo os gestores municipais, essa é a única
alternativa que resta para alertar a população e sensibilizar o Congresso
Nacional para o estado de caos financeiro que enfrentam — disse em Plenário.
O senador disse que são as pequenas prefeituras as
que mais sofrem porque são as com maior dependência do dinheiro do fundo. Além
disso, explicou que há cortes em outros repasses federais, como os do Programa
Dinheiro Direto na Escola, que é destinado a complementar a verba para a
manutenção de escolas públicas.
Enquanto o caixa vai ficando vazio, as despesas das
prefeituras só crescem, afirmou Cameli. Deu dois exemplos: o reajuste anual
salário mínimo, que prevê aumento real de valor, e o piso salarial dos
professores das escolas públicas. O senador declarou-se favorável às duas políticas,
mas disse que os prefeitos precisam ter dinheiro para pagar essas contas.
Cameli afirma que é preciso priorizar brasileiros
O senador Gladson Cameli também ressaltou a
importância dos políticos buscarem união para resolverem os problemas do país.
“Precisamos dar uma resposta positiva à população brasileira que está sofrendo
com o aumento nas contas de energia, água e telefone. Por isso que peço aos
meus pares para colocar o povo brasileiro em primeiro lugar, e não as questões
políticas”. Disse. Ontem, durante o discurso feito no plenário do Senado, ele
também chamou atenção para a “situação difícil” decorrente da crise política e
econômica e pediu união nacional para superação da crise.
(assessoria)
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