Francisco Panthio, presidente da União
da Juventude Socialista (UJS), é um crítico árduo da falta de políticas
públicas adequadas para a juventude, no governo petista. O jovem militante diz
que faltam investimentos adequados e políticas que evitem que os jovens caiam
no mundo da violência.
Veja o artigo, na íntegra.
11 de agosto: Dia Nacional dos
Estudantes e Dia Internacional da Juventude
No Brasil, é uma data para se alegrar e
comemorar, já que estamos falando da juventude.
Mas, no Acre, os jovens deveriam fazer
da data um dia para reflexões e questionamentos, pois as políticas públicas
para a juventude estão cada vez mais decadentes nas gestões, tanto municipais
quanto estadual.
No campo nacional, temos avanços
significativos como o ProUni, Fies, Pronatec, a melhoria do ensino técnico em
todo o País e, por último, a aprovação do Estatuto da Juventude.
Quando fazemos críticas sobre a
carência de mais ações voltadas à juventude do Acre, isto se baseia em
indicadores reais; não estamos fantasiando sobre coisas que não existem.
É só ver os dados estatísticos de
qualquer penitenciária do Estado, onde a maioria dos presos são jovens, entre
18 e 30 anos. Jovens que mataram, roubaram, mas uma coisa veremos: a grande
maioria cumpre pena por tráfico de drogas.
Então, onde estão as políticas sociais
que podemos apontar como alternativas a tudo o que pontuamos de negativo na
construção de uma sociedade?
A grande maioria dos municípios
acreanos não conta com conselhos municipais de Juventude e os que existem não
são consolidados. As gestões não instituem pastas de Juventude, enfim, há uma
negligência sem tamanho com este segmento que é cada vez maior no Estado.
Criar uma Assessoria de Juventude, sem
programas e sem agenda permanente de trabalho, é brincar com a gente.
Muitas dessas assessorias são criadas
para resolver problema de acomodação de uma única pessoa na esfera de poder. Se
você olhar a gestão atual, quase todas as áreas de governo têm um programa de
destaque; mas quando você olha para a Juventude, o maior destaque são os das
páginas policiais.
Você olha para as ações de Esporte e
Cultura, e elas vêm, cada vez mais, regredindo no Estado, fatores que refletem
diretamente nos jovens.
É só procurar um Centro de Juventude,
destes que existem em Rio Branco, e pedir a agenda de trabalho! Será comprovado
o que estamos dizendo.
Nos bairros, é de dar indignação ver
que existam entre dez e quinze bares e botecos, enquanto dificilmente
conseguimos encontrar uma área decente de lazer, uma casa de leitura, uma praça
de convivência que possa oferecer oficinas de música, teatro, danças, ou um
centro de formação profissional.
Ainda querem que a violência diminua?
Conclamamos a juventude do Acre a mudar
a sua realidade e a gostar mais de política, que ainda é a maior ferramenta de
transformação social, desde que seja conduzida com responsabilidade.
Viva a luta da Juventude!
Francisco Panthio
Presidente da UJS- União da Juventude
Socialista - Acre
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