A pequena cidade tem a maior altitude no estado do
Acre, com 278 metros
O oitavo município
a ser visitado pela caravana no último final de semana, foi o Jordão. Admirado
pelos moradores por ser localizado entre o encontro do Rio Jordão e Rio
Tarauacá e pela grande concentração de índios Kaxinawás. Limita ao norte com o
município de Tarauacá, ao sul com o Peru, a leste com o município de Feijó e a
oeste com o município de Marechal Thaumaturgo.
Durante a passagem da Caravana de Cultura e Humanização pelos municípios
do estado do Acre a equipe faz o levantamento histórico das cidades, a fim de,
garantir a visibilidade de pessoas, seus bens materiais e imateriais (acervos,
memórias, celebrações, ofícios, sabres, fazeres) além de seus cotidianos tão
importantes para a história social do Estado.
A pequena cidade tem a maior altitude no estado do Acre, com 278 metros.
Surgida no período áureo da borracha, a Vila Jordão só ganhou o status de
município no dia 28 de abril de 1992 quando por força da Lei 1.034 teve seu
território de 6.695,5 km² desmembrado do município de Tarauacá.
Com 6.059 habitantes dos quais 86% vivem na Zona Rural e 14% na urbana,
Jordão tem sido notícia nacional por conta da existência de índios arredios em
seu território. Sua economia é voltada para o extrativismo da borracha e essências
florestais. Na região há grande quantidade de palmeiras de dendê nativa.
A agricultura ganha destaque cada vez mais, com grandes produções de
milho, alho, feijão e amendoim. É a única localidade do Acre em que se cultivam
tantas variedades. Praticamente toda a produção vegetal e animal são
comercializados em Tarauacá ou localidades do Amazonas.
Marcas do primeiro ciclo da
borracha
Localizado a 15
minutos de barco do município de Jordão, o seringal Boa Vista ainda guarda
riquezas do primeiro ciclo da borracha no Acre, período de 1879 a 1912. No
local é possível encontrar antigas garrafas que foram trazidas de outros
países, como Portugal e Espanha. Os moradores também contam quem existe um
cemitério localizado no meio do seringal, também da época do primeiro ciclo da
borracha.
“Morei no Boa
Vista toda a minha vida, e sempre nós encontramos esse materiais por aqui, a
principio não tinha certeza da importância deles, mas sempre senti que devia
guardá-los, por isso procuro tentar conservar cada objeto da melhor forma”,
conta a agricultora Maria Rita Gomes.
O ciclo da
borracha foi um momento importante da história econômica e social do Acre,
relacionado com a extração de látex e comercialização da borracha. Teve o seu
centro na região amazônica, e proporcionou expansão da colonização, atração de
riqueza, transformações culturais e sociais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário