Representantes Kaxinawas de Jordão apresentaram propostas voltadas para as politicas publicas indígenas (Foto: Assessoria Sehab)
As prefeituras dos municípios de Santa Rosa do
Purus e Jordão realizaram nos dias 14 e 15 de maio, respectivamente, a
Conferência das Cidades etapa municipal.
As duas cidades possuem uma peculiaridade em comum,
ambas só têm acesso ao restante do estado por meio de transporte aéreo ou
fluvial e estão localizadas em área de preservação ambiental de fronteira e
compostas por população tradicional.
Em Santa Rosa do Purus região de fronteira, 48
aldeias de três etnias compõem a população do município. No debate, ações de
políticas públicas que atendam as comunidades indígenas foram propostas e serão
encaminhadas à etapa estadual da Conferência das Cidades.
A principal discussão do município de Santa Rosa
foi a questão do meio de transporte adequado para as regiões de difícil acesso
da Amazônia.
“Nos diferenciamos dos demais municípios do estado
por vários motivos, e o principal deles é a questão do acesso até aqui que é
extremamente difícil, só se dá por barco ou avião pequeno, portanto, nosso
desejo aqui é que sejam investidos recursos suficientes para a aquisição de
barcos e até avião pequeno adequados que serão essenciais para o
desenvolvimento de Santa Rosa”, disse o padre da cidade, Francisco de Oliveira.
Na cidade vizinha, Jordão, a conferência foi
realizada nesta quarta-feira,15, no auditório do Centro de Cultura e
Florestania e contou com a presença de mais de cem pessoas de vários setores da
sociedade.
A comunidade indígena se fez presente de forma
bastante expressiva e propôs ações de políticas públicas que incentivem a
produção de artesanato indígena com o objetivo de expandir a cultura e gerar
renda para o município.
Para o representante da etnia Kaxinawá em Jordão,
José Eloy Paulino, dentre vários anseios da comunidade indígena no município um
dos principais é um local adequado para o comércio dos produtos indígenas.
Comunidade indígena se fez presente na conferência do município de Jordão (Foto: Assessoria Sehab)
“Viemos nessa conferência para expressar nossos
anseios e hoje nossa necessidade maior é um local adequado para a confecção,
capacitação e comercialização dos nossos artesanatos.” Disse
José Kaxinawá.
Ludmilla Santos (Assessoria Sehab)
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