Equipamentos do programa
Floresta Digital, do governo do Acre, destinado a oferecer acesso gratuito à
internet, permanecem há mais de dois anos numa sala da delegacia de polícia de
Santa Rosa do Purus, na fronteira com o Peru, considerado um dos municípios
mais pobres e isolados do país.
A população de Santa Rosa do
Purus continua sem o serviço do Floresta Digital enquanto os equipamentos,
avaliados em mais de R$ 100 mil, se deterioram numa sala apertada improvisada
como depósito na delegacia.
Além de Santa Rosa, em seis municípios do
Acre não existe ponto de acesso do programa Floresta Digital: Cruzeiro do Sul,
Jordão, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Rodrigues Alves.
- O
Floresta digital é uma utopia. Não está presente nos municípios mais distantes,
onde a população mais necessita do serviço - afirma um morador de Santa Rosa do
Purus.
Lançado em fevereiro de 2010, o programa
custou oficialmente R$ 30 milhões. Para viabilizá-lo, o governo estadual fez
parceria com a Agência de Comércio e Desenvolvimento dos Estados Unidos
(USTDA).
O
estudo técnico do programa, que custou US$ 573,8 mil, foi financiado
integralmente pela agência norte-americana. O governo do Acre prometeu que
todos os municípios teriam cobertura total a partir de setembro de 2010.
- O
máximo que a gente for capaz de imaginar e sonhar será muito pouco diante do
que vai acontecer no Acre a partir do Floresta Digital. Nós estamos criando
algo confiantes na capacidade da molecada espalhada no Acre inteiro. Estamos
consolidando o maior projeto de inclusão digital do país - afirmou o então
governador Binho Marques (PT).
De
acordo com a propaganda do governo estadual, o objetivo do Floresta Digital era
possibilitar acesso à internet com banda larga em qualquer local do estado.
O governo dispunha de verbas
e anunciou que faria cobertura de 100% da área do Estado, incluindo as
comunidades mais distantes da zona rural e dos centros urbanos.
Com informações do Blog do Altino
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