Um boletim de ocorrência foi registrado na tarde de quinta-feira, 03, na delegacia de polícia do município (Foto: cedida/ Fala Jordão) |
A jovem Rafaela
Cavalcante Melo, de 22 anos, moradora do município de Jordão, localizado no
interior do Acre, está vivendo um grande dilema: a emoção de ser mãe e a angustia
com o quadro clínico da filha recém-nascida, diagnosticada com uma patologia
delicada.
O laudo médico aponta que
a bebê de apenas 10 dias de vida apresentou icterícia, uma doença considerada comum entre os recém-nascidos, mas que precisa ser
investigada com maior afinco já que pode ser sintoma de outra doença subjacente.
Procurado
por nossa reportagem o médico da unidade disse que o quadro é estável, mas que
os exames são essenciais para um diagnóstico preciso. “O quadro dela é estável e
está respondendo bem ao tratamento. No entanto, a falta de estrutura
impossibilita que façamos os exames laboratoriais aqui no município”, disse o
doutor Márcio Rogério, ao justificar a solicitação de tratamento fora de domicílio
(TFD).
O encaminhamento
foi datado no último dia 29 e até a presente data a mãe e filha aguardam a
liberação das passagens para seguirem à capital acreana, Rio Branco. Questionado
sobre a demora no processo, o doutor Márcio informou que o Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) liberou o pedido, mas, que não está
havendo consenso por parte da direção regional do TFD. “Todas as tentativas estão
sendo frustradas. Raramente atendem nossas ligações e não nos dão uma solução”,
destaca.
Fotômetro foi improvisado (Foto: cedida/ Fala Jordão) |
Ainda em
Jordão uma “estrutura foi improvisada” para que a pequena paciente fosse
submetida ao processo de fototerapia, o popular banho de luz – técnica em que a
criança é colocada num aparelho (fotômetro) com várias lâmpadas - que emite raios ultravioletas na pele.
Um boletim de ocorrência
foi registrado na tarde de quinta-feira, 03, na delegacia de polícia do
município. A família ingressou na justiça alegando que a criança recebe atendimento em equipamento “improvisado” na unidade de saúde e que as passagens não foram autorizadas
para o tratamento fora de domicílio.
Nossa reportagem tentou
entrar em contato com a gerência regional do TFD e gerência do Hospital da
Família do Jordão, mas não obteve êxito.
Kezio Araújo, do Blog
Fala Jordão
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