Tião Viana, governador do Acre, foi citado pelo ex-diretor
da Petrobras, Paulo Roberto Costa. (Foto: Aline Nascimento/G1)
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O governador do Acre Tião Viana, em nota divulgada nesta quinta-feira
(12), chamou o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa de
'bandido' e afirmou que as citações do delator são mentirosas. Viana é suspeito
de ter recebido R$ 300 mil do esquema, conforme Paulo Roberto e o doleiro
Alberto Youssef. A abertura do
inquérito foi autorizada nesta quinta-feira pelo ministro Luiz Felipe Salomão.
"A despeito de citação da minha pessoa com a tal Operação Lava
Jato, eis a minha posição: estou muito longe dessa podridão", se defendeu
Viana em nota. "Os dedos sujos da injúria, da calúnia e da difamação que
apontam para a minha honra, não escondem a covardia daqueles que certamente não
terão a dignidade de vir a público pedir desculpas quando tudo for
esclarecido", complementou.
O governador do Rio Luiz Fernando Pezão (PMDB) e o ex-governador do
estado Sérgio Cabral (PMDB) também estão sendo investigados por usarem recursos
desviados da Petrobras durante suas campanhas. A exemplo dos casos no Supremo
Tribunal Federal (STF), os processos devem tramitar sem sigilo. A PGR, nas
petições, já fez os primeiros pedidos de diligência. Governadores têm foro
privilegiado junto ao STJ, e não ao STF.
O governador do Acre também anunciou que irá processar Paulo Roberto
Costa por danos morais e denunciação caluniosa. "Asseguro,
ainda, que nunca tive qualquer contato com nenhum dos personagens desse
submundo em investigação. Ao tomar conhecimento de eventual citação do meu
nome, em janeiro deste ano, prontamente requeri interpelação judicial contra o
bandido Paulo Roberto Costa", afirmou.
Segundo Viana, as doações feitas pelas empresa IESA, foram legais e
devidamente aprovadas no Tribunal Regional Eleitoral, em 2010. "Cabe
destacar que a mencionada empresa nunca teve qualquer relação comercial ou
institucional com o Estado do Acre", disse.
O governador anseia que as acusações sejam esclarecidas. "Quanto
ao sigilo de qualquer procedimento judicial, autorizo a publicidade de tudo que
envolva o meu nome. Para mim, quanto mais investigação, melhor",
finaliza a nota.
Entenda o Caso
O ministro Luiz Felipe Salomão autorizou, nesta quinta-feira, a abertura
de inquéritos para investigar o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB),
o ex-governador do estado Sérgio Cabral (PMDB) e o governador do Acre, Tião
Viana (PT). A exemplo dos casos no Supremo Tribunal Federal (STF), os processos
devem tramitar sem sigilo. A PGR, nas petições, já fez os primeiros pedidos de
diligência.
Governadores têm foro privilegiado junto ao STJ, e não ao STF. Entre os
envolvidos nas delações premiadas da Operação Lava-Jato, uma outra autoridade
tem foro junto ao STJ: o ex-ministro das Cidades Mário Negromonte, que exerce
atualmente o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) da
Bahia. Negromonte, porém, será investigado em inquéritos no STF, por conta da
conexão a fatos supostamente cometidos por parlamentares do PP.
Na Suprema Corte, os inquéritos foram instaurados na noite da última
sexta-feira. São 49 investigados, entre eles 12 senadores e 22 deputados
federais. Os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), estão na lista. O senador
acreano Gladson Cameli foi um dos citados na lista divulgada pelo STF.
Do G1 AC
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