15 de setembro de 2013

CURIOSIDADES: QUEM É A MULHER ESTAMPADA EM NOSSO DINHEIRO?

Nós lidamos com o dinheiro constantemente, todos os dias as notas vão e vem, sendo adquiridas como fruto de nosso trabalho e utilizadas na compra de bens, produtos e serviços. O dinheiro é essencial para uma nação, sendo utilizado como meio de troca na forma de moedas e notas, emitido e controlado pelo governo.
Esta mulher esteve presente em quase todos os dias de nossas vidas e muitos de nós nem sabemos o que ela representa. Após sucessivas trocas monetárias (réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, cruzado novo) o Brasil adotou o Real em 01 de julho de 1994, junto a uma grande queda nas taxas de inflação que trouxe uma estabilidade para o país.
A nossa moeda corrente foi implantada no mandato do presidente Itamar Franco, sob o comando de Fernando Henrique Cardoso, até então ministro da fazenda, eleito depois presidente da república.
O nome “Real” foi escolhido por fazer referência à primeira moeda do Brasil, os “Réis”, e principalmente por trazer um sentido de realidade, ou seja, uma moeda que demonstra o real valor da unidade.
“O dinheiro, o plano real, o nosso país… Tudo isto é representado por um papel, um papel chamado cédula, aquele que usamos todos os dias e lutamos tanto para conseguir.”
Muitas vezes as pessoas não se perguntam o porquê das coisas, mas devemos sempre ter em mente que em tudo há uma razão e um motivo. Vamos analisar a composição das nossas cédulas para entendermos os seus significados e principalmente descobrirmos quem é essa misteriosa mulher estampada em nossas notas.
A começar pelos animais, nós todos já sabemos que em toda nota de real há um animal estampado, os mais populares são a arara, a onça e a garoupa. Nós vivemos com um verdadeiro zoológico dentro da carteira, temos o beija-flor na nota de um real (nota muito rara hoje em dia), a tartaruga de pente na nota de dois reais, a garça na nota de cinco reais, a arara na nota de dez reais, o mico leão dourado (em extinção) na nota de vinte reais, a onça pintada na nota de cinqüenta reais e a garoupa na nota de cem reais. Tais animais foram escolhidos como uma homenagem á fauna brasileira, demonstrando sua diversidade e riqueza.
Enquanto de um lado da cédula temos a estampa dos animais que homenageiam a nossa fauna, do outro temos a imagem do rosto de uma mulher “desconhecida.”
Se as cédulas representam a moeda, a economia, a política e principalmente o nosso país, por que não colocar a imagem de pessoas que revolucionaram ou contribuíram para nossa história como, por exemplo, Dom Pedro I que emancipou o Brasil?
Vejamos por exemplo os Estados Unidos da America, em suas notas de dólar estão estampados grandes ícones do país como  George Washington, Thomas Jefferson, Abraham Lincoln, Benjamin Franklin, etc…
No Brasil, a imagem da mulher não está somente em uma, mas em todas as nossas cédulas de dinheiro! Por este motivo, suponho que ela seja muito importante… Mas quem é ela afinal?
Tudo começou a partir de um acontecimento que marcou e modificou o mundo inteiro, sendo considerado o maior acontecimento da história nos últimos 1800 anos: A Revolução Francesa.
A revolução francesa aconteceu entre 05 de maio de 1789 até 09 de novembro de 1799, durante este período muitos fatos históricos ocorreram.
De forma resumida: Antes da revolução havia um regime absolutista, onde o rei governava através de um poder supremo fazendo com que 95% da população fosse oprimida e explorada pelos seus outros 5% (Clero e Nobreza), condenando a guilhotina ou prendendo na Bastilha aqueles que se opunham ao governo.
A França passou por períodos revolucionários que se iniciaram com a queda da bastilha em 1789 (prisão política símbolo da opressão), e chegaram até o seu ápice no ano de 1793, quando a família real francesa foi toda guilhotinada.
O fato é que o povo era oprimido e submisso, para que a revolução acontecesse era necessário incitar o povo, era necessário inspirá-los! Foi isso que aconteceu no dia em que uma nova perspectiva e um novo ideal foi lançado:
“Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. Essa frase não lhe soa familiar? Para quem não sabe, este é o princípio básico da maçonaria.  Isso mesmo, até os livros de história admitem, foram os maçons quem planejaram, inspiraram e contribuíram para a revolução francesa através de seus ideais iluministas. O povo precisava de esperança, e foi exatamente isso que a maçonaria lhes deu.
Após o triunfo da revolução, foi criada a República Francesa, terminando com o sistema absolutista, dando mais autonomia ao povo através de direitos sociais e com a declaração dos direitos do homem e do cidadão.

“A revolução, os novos ideais, as perspectivas do povo, enfim, a república, precisava de um símbolo, de uma imagem, e assim foi criada Marianne, a personificação da república.”

“Marianne é liberdade, igualdade e fraternidade, ela simboliza o triunfo e a república.” 

Na antiguidade era comum representar ideais, fenômenos e entidades abstratas, em deuses, deusas e personificações alegóricas, esta prática foi menos comum na idade média, mas ressurgiu durante o renascimento.
Esta mulher representa a razão, a nação, a pátria e principalmente as virtudes da república.
Historiadores dizem que a razão pela qual foi escolhida uma mulher para representar a república, foi que uma alegoria feminina simbolizava uma ruptura com o antigo regime autocrático chefiado por homens.
A origem do nome é um pouco incerta, mas muitos dizem que se trata da junção dos dois nomes femininos mais comuns na França: Mari e Anne.
Sendo assim, Marianne se tornou a Efígie da república. Efígie significa alegoria, ou símbolo.
Chamada por uns de “Senhora da Liberdade” e por outros de “Senhora da Maçonaria”.
Repare nas semelhanças entre o rosto da estátua da liberdade e da mulher estampada em nosso dinheiro, elas são a mesma pessoa, Marianne.
Quando a França resolveu presentear os EUA em comemoração aos seus 100 anos de declaração de independência, fez isso através da Estátua da Liberdade: uma versão maçônica de Marianne, feita pelo maçom Frederic Auguste. Não demorou para que Marianne se tornasse alegoria da República em todo o Ocidente, incluindo, é claro, o Brasil. Se os americanos conseguem ver a Maçonaria na nota de um dólar, através do “Olho que tudo vê”, nós brasileiros podemos encontrá-la em todas as nossas notas através dela, Marianne, a Senhora da Liberdade, a Senhora da Maçonaria.

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