A Federação das Indústrias
do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou o resultado de um levantamento sobre a
evolução socioeconômica dos 5.565 municípios brasileiros: O Índice Firjan de
Desenvolvimento Municipal (IFDM). Em sua quinta edição, o levantamento mostra
que Jordão, no Acre, está entre os seis municípios do país em condição de baixo
desenvolvimento.
Para chegar a essa
conclusão, o IFDM considera três áreas de desenvolvimento: Emprego e Renda,
Educação e Saúde – e utiliza-se de estatísticas oficiais divulgadas pelos
Ministérios do Trabalho, Educação e Saúde. Este ano, os dados oficiais mais
recentes disponíveis são de 2010.
Além do Jordão também
apresentaram essa classificação (IFDM abaixo de 0,4 pontos), São Paulo de
Oliveira (AM), Tremendal (BA), Brages (PA), Porto de Móz (PA) e Fernando Falcão
(MA). Juntas essas seis cidades registravam apenas 3,2 mil vagas de trabalho
para uma população de 120 mil habitantes.
Segundo o levantamento, na
maioria desses municípios, não há sequer 10% de seus professores com diploma de
ensino superior. Na cidade acreana, apenas 3,1% dos docentes tem essa
qualificação, enquanto no Brasil, a média é de 74%.
Se a Educação não vai bem, a
Saúde também não. Em Jordão, Fernando Falcão e Porto de Moz menos de 10% das
gestantes foram ao médico mais de seis vezes. Em São Paulo de Olivença (AM),
menos de 1%. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as gestantes
façam, no mínimo, sete consultas durante o pré-natal, o que ocorreu com 58% das
grávidas brasileiras.
O estudo ajuda a explicar
por que a cidade do Acre apresenta o segundo pior IDH- Índice de
Desenvolvimento Humano, criado pela Organização das Nações Unidas para avaliar
a qualidade de vida no mundo. É a campeã nacional de crianças fora da escola. E
com um custo de vida tão alto, tem a quarta pior renda per capita de todo o
Brasil.
Na região Norte, apenas
Porto Velho e Rondônia possuem alto desenvolvimento. A média brasileira do IFDM
atingiu 0,7899 pontos em 2010, um crescimento de 3,9% em relação a 2009.
O Norte destoou das demais regiões do país, não só pela
baixa pontuação alcançada por seus municípios no IFDM, mas pela lenta evolução
ao longo da década. A região tem a maior proporção de municípios classificados
com desenvolvimento baixo ou regular.
Somente Palmas (TO) e Porto Velho (RO)
possuem alto desenvolvimento.
No Acre, os melhores resultados estão em Rio Branco,
Acrelândia, Senador Guiomard, Cruzeiro do Sul e Brasileia. Já os piores foram
verificados em Jordão, Santa Rosa do Purus, Tarauacá, Porto Walter e Marechal
Thaumaturgo.
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