Para fazer um bolo simples, são necessários cinco ovos. Omelete, panqueca, o tradicional "bodó"
acreano e até drinks alcoólicos são preparados com um ingrediente rico em
proteínas: o ovo. Talvez o leitor ainda não tenha se dado conta, mas é ele que
se compra no supermercado e vira algumas delícias na cozinha da sua casa, sendo
produzido em Rio Branco numa escala cada vez maior. A Granja Carijó, indústria
que se iniciou em Cruzeiro do Sul e hoje tem filial na capital, já é
responsável pela produção de 50% do mercado acreano.
Há 32 anos a Granja Carijó iniciava suas atividades
em Cruzeiro do Sul, numa época em que a estrada fechava durante a maior parte
do ano - algumas vezes nem era aberta. Hoje, com a BR-364 praticamente
concluída e a maior parte da produção de milho concentrada na região do Baixo
Acre, a indústria decidiu expandir a atuação para Rio Branco. Investiu em
tecnologia de ponta, em galpões adequados, e em um ano saltou de uma fatia de
17% do mercado acreano para 53%, numa produção de 75 mil ovos por dia e um
plantel de 84 mil aves.
"Quando a gente começou, lá em Cruzeiro do
Sul, eu não podia imaginar que chegaríamos a esse patamar, mas tudo que vem de
Deus é perfeito, e creio que vamos chegar ainda mais longe. Hoje os nossos
filhos estão formados em áreas afins e todos nos ajudam. Temos um veterinário,
um agrônomo e um engenheiro mecatrônico. Temos apoio do governo do Estado, do
Banco da Amazônia e da população, que quando sabe que o ovo é Carijó coloca
logo na sacola", disse o empresário Luiz Helosmam.
A Granja Carijó é um exemplo de trabalho familiar
que deu muito certo: Helosmam conseguiu agregar os três filhos em torno do
mesmo objetivo. Um se formou em veterinária, um em engenharia mecatrônica e o
outro está concluindo agronomia. A máquina que distribui a alimentação para as
galinhas num espaço adequado de tempo e em porções exatas, garantindo a
produtividade do plantel, foi desenhada por um dos herdeiros do empreendimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário