5 de junho de 2015

Angelim é um dos deputados que impetra ação no STF contra financiamento empresarial

Do Acre, só Angelim assina ação impetrada no STF contra financiamento empresarial
Uma ação que conta com a assinatura de 60 deputados federais de diversos partidos, entre os quais o deputado Raimundo Angelim (PT-AC), foi impetrada no Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a manobra regimental do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para aprovar proposta que garante o financiamento empresarial a partidos políticos. Os parlamentares querem a anulação da segunda votação, quando a matéria foi recolocada em pauta após ter sido rejeitada pela maioria em plenário no dia anterior.
Eu creio que nós vamos ganhar essa questão para que seja reposta a verdade e respeitada a maioria absoluta dos deputados. E eu fui o único do Acre a assinar a petição por acreditar na justiça brasileira”, disse Angelim.
Na petição os deputados argumentam que "é inconstitucional a forma como a 'Emenda Aglutinativa 28' foi processada por violar o artigo 60, parágrafo 5º, da Constituição da República: 'a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa'".
Após a proposta de inclusão na Carta Magna das doações de empresas a partidos e candidatos ter sido rejeitada no dia 26 de maio, o presidente da mesa, deputado Eduardo Cunha, a partir de uma questão de ordem do líder do DEM, Mendonça Filho (PE), trouxe a matéria novamente para a pauta, no dia seguinte, e conseguiu a sua aprovação em plenário prevendo apenas a doação para partidos. 
O argumento dos parlamentares do PT, PCdoB, PPS, PSB e PSOL, signatários da ação, é que a Constituição Federal proíbe que a mesma matéria seja votada duas vezes no mesmo ano.
A proposta foi aprovada com apoio de 330 dos 513 deputados – era preciso no mínimo 308 votos. Para valer, no entanto, ainda terá que ser votada mais uma vez na Câmara, após o intervalo de cinco sessões, e duas vezes no Senado.
O deputado Angelim reafirmou que não há legitimidade nessa segunda votação (ocorrida no dia 27) e criticou a forma como o presidente da Casa conduziu o processo. “Ele agiu de acordo com a sua conveniência num total desrespeito a democracia. Os que querem o financiamento empresarial perderam a primeira votação com 264 votos a 207 e 4 abstenções e numa manobra regimental conseguiram que a matéria fosse novamente votada e, e desta vez, venceram. Mas nós não aceitamos isso, motivo pelo qual estamos buscando a intervenção da Justiça, a qual acredito que impedirá esta verdadeira violação à Constituição Brasileira”, concluiu.

Da Assessoria Parlamentar

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