O Departamento Estadual de Pavimentação e
Saneamento (Depasa) em parceria com a prefeitura de Jordão vão triplicar a
produção de água, garantido abastecimento diário em todas as residências da
área urbana do município.
Segundo o Depasa, a Estação de Tratamento de
Água (ETA) de Jordão produz apenas 10 litros por segundo (l/s), essa quantidade
não é suficiente para abastecer com eficiência a cidade, pois com o programa integrado
de saneamento que o governo do Estado vem fazendo ampliou muito a rede de
abastecimento.
“Eu diria que a nossa produção atual não
resolve a demanda dos moradores. A gente está produzindo menos da metade da
água necessária para abastecer a cidade diariamente”, disse Edvaldo Magalhães,
diretor-presidente do Depasa.
Para suprir a demanda que cresceu muito nos
últimos anos, o Depasa e a prefeitura estão instalando uma nova ETA. Com isso a
produção de água vai saltar para 40 l/s, o suficiente para manter o
abastecimento diário, dando uma folga na produção por cerca de 20 anos.
“Com esta medida nós vamos ainda este ano
atender 100% dos moradores da área urbana do Jordão, com abastecimento de água
todos os dias” garantiu.
Desafios para levar água tratada nas cabeceiras dos rios amazônicos
Jordão é um dos municípios mais isolados do
Acre está localizado nas cabeceiras do Rio Tarauacá, e o acesso é apenas via
fluvial ou aérea. A dificuldade para levar serviços públicos à cidade é muito
grande, principalmente serviços de infraestrutura.
Para a ETA chegar ao município foi montado um
verdadeiro mutirão. Ela saiu de Rio Branco em uma carreta até Tarauacá, e de lá
segue em uma balsa pelo Rio Tarauacá. “Para colocarmos na balsa foi necessário
duas maquinas PCs e 10 homens auxiliando no embarque”, comenta Alex Mendes,
gerente do Depasa em Tarauacá.
Alex ainda comenta, que os demais insumos
como, cimento, seixo, pedras e ferro foram enviados ao município em quatro
barcos, e que a viagem até lá será em torno de 12 dias.
“Transportar para o Jordão em inicio de verão
é uma verdadeira epopeia. Levar serviços de saneamento nas cabeceiras dos rios
demanda decisão de governo e vontade de trabalhar pelos que vivem nas
cabeceiras dos nossos rios, no meio da floresta”, ressaltou Magalhães.
Jaqueline Teles
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