POR GINA MENEZES - O presídio Moacir Prado, localizado no município de
Tarauacá, é uma bomba relógio prestes a explodir em uma provável rebelião. A
informação foi confirmada por um agente penitenciário que trabalha na unidade
prisional e que pediu para não ter o nome revelado.
O presídio tem capacidade para 80 detentos, mas
atualmente possui uma comunidade carcerária composta por 390 presos que
superlotam as celas do pequena unidade prisional.
Inconformados com as condições sub-humanas e em
contato com presos do sistema semiaberto, os detentos planejam uma rebelião. A
informação já seria de conhecimento da polícia, que tomou as primeiras
providências nas últimas horas.
A reportagem da Folha do Acre entrou em contato com
o delegado titular da delegacia de Tarauaca, José Obetânio, que afirmou que
durante a madrugada foram efetuadas dezenas de prisões e que logo se reunirá
com o diretor do presídio para tratar sobre o assunto.
“Prendemos algumas pessoas e vou ter uma reunião
com o diretor local do presídio. É só o que confirmo”, salientou.
Ao todo, foram realizadas 65 prisões, de acordo com
o diretor-geral do Instituto Penintenciario do Acre (Iapen), Martin Hassell,
todos de detentos que estavam no semiaberto.
“Estes detentos já foram recolhidos e já estão de
volta ao presídio. Não temos informação de rebelião, mas sabemos que este tipo
de coisa acontece de uma hora para outra, é por isso é importante mantermos a
vigilância, por enquanto esta uso dentro da normalidade”, frisou.
Com relação à superlotação da unidade prisional,
Hessel reconhece que está acima da capacidade, mas frisa que essa é a realidade
de todo o sistema prisional brasileiro. Questionado se a segurança no local foi
reforçada, o diretor afirmou que por enquanto segue dentro da mesma
normalidade, apenas com os agentes locais.
Fonte: A folha do Acre
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