O diagnóstico que vai apontar a quantidade de
criadores de abelhas e a produção exata de mel de todo estado do Acre concluiu
mais uma etapa.
Agora foi em Jordão que técnicos da Secretaria de
Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) percorreram as
propriedades rurais onde há criação de abelhas e fizeram o levantamento
completo da atividade.
O diagnóstico foi realizado em 45 propriedades
rurais, durante 15 dias. As propriedades onde estão os criadores de abelhas são
todas ribeirinhas e ficam às margens dos rios Jordão e Tarauacá. Para chegar a
algumas localidades, a viagem de barco dura mais de sete horas.
Outro diferencial da produção de mel no Jordão é
que a maioria dos criadores de abelhas é de indígenas. Se destacam a criação de
abelhas em duas aldeias do povo Kaxinawá: Flor da Mata e Bom Jesus.
“Conseguimos
encontrar criadores de abelhas com uma produção muito boa. Esta região tem um
grande potencial, e com a assistência técnica a tendência é de crescimento. Nas
aldeias encontramos uma disposição muito grande das famílias na atividade”,
afirma Mário Sérgio Pereira, técnico da Seaprof.
Além do diagnóstico nas propriedades, foi ofertado
um curso sobre criação de abelhas com e sem ferrão para 41 produtores que ainda
não tinham sido capacitados e pretendem iniciar na atividade.
“Há interesse de alguns produtores em criar abelhas
com ferrão. Realizamos o curso para que eles entendam que esse tipo de criação
de abelha requer mais cuidado, principalmente na necessidade do uso de
equipamentos de segurança no manuseio com as caixas de abelha”, explica João
Paulo Colombo, um dos técnicos da Seaprof que ministrou o curso.
Leônidas Badaró - Agência de Notícias do Acre
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