19 de julho de 2016

Atendimento social melhora cidadania dos moradores de Jordão

Mutirão de Cidadania atendeu quase 3 mil pessoas no Jordão em abril deste ano (Foto: Sérgio Vale/Secom).
Distante cerca de 450 quilômetros da capital Rio Branco, Jordão é considerado um município de difícil acesso. A principal fonte de sobrevivência dos sete mil jordanenses é a agricultura familiar.
Para chegar ao município só há duas formas: transporte fluvial ou aéreo em aviões de pequeno porte. Junto com as dificuldades de acesso estão os problemas da comunidade em receber as políticas públicas.
Os anúncios na rádio local ainda são a principal forma de comunicação, principalmente para os moradores da zona rural do município. “Eu fiquei sabendo que ia ter um mutirão de atendimento no programa da rádio. Já comecei a organizar a família”, relatou o agricultor familiar Valdemir Moraes.
Pai de oito filhos, Moraes esperava havia muito tempo pelos atendimentos de cidadania, pois nenhum deles tinha documento pessoal ainda. “Fiz questão de as minhas filhas mais velhas tirarem a carteira de identidade, o CPF e o título de eleitor”, contou.
O mutirão de atendimento faz parte do Projeto de Fortalecimento da Cidadania de produtores e produtoras rurais do Acre, onde instituições parceiras se unem com o objetivo de fortalecer a autonomia das mulheres e homens produtores rurais e atendem também demandas sociais.
Os serviços de intervenção social são realizados pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Política para as Mulheres (SEPMulheres), que encaminha as demandas identificadas no projeto às instituições responsáveis
Sanaira, 11, ao lado do pai na casa de passagem em Rio Branco, aguardando retorno para o Jordão (Foto: Diego Gurgel/Secom).
Foi em uma demanda de inclusão que a equipe social da SEPMulheres atendeu Sanaira Morais, de 11 anos de idade, portadora de uma doença pulmonar crônica. Após o atendimento, Sanaira teve seu processo de tratamento de saúde reativado e já realizou uma cirurgia de retirada do pulmão direito e fará acompanhamento semestral na cidade do Rio de Janeiro, encaminhada pelo Tratamento Fora de Domicílio (TFD).
“No Acre não há especialista para a doença da Sanaira. Encaminhamos o caso dela ao TFD, que agilizou o processo. Hoje ela se recupera com todo o acompanhamento da rede”, disse a assistente social da SEPMulheres Rita Mota.
A edição do projeto no Jordão foi realizada em abril deste ano e atendeu mais de 2.700 pessoas. Foram emitidos 1.584 documentos.
Ludmilla Santos – Agência de Notícias do Acre

Nenhum comentário: