19 de janeiro de 2016

Quatro projetos do Acre vencem “Prêmio Pontos de Cultura Indígena” do Governo Federal

O município de Jordão ganhou dois dos quatro prêmios (Foto: Kezio Araújo/ Blog Fala Jordão)
Cruzeiro do Sul, Jordão, e Tarauacá foram às únicas cidades do Acre ganhadoras do “Prêmio Pontos de Cultura Indígena” da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Governo Federal. O concurso visa reconhecer e apoiar atividades culturais já executadas por povos indígenas, dando visibilidade às expressões culturais existentes.
Foram premiadas com R$ 40 mil, 70 iniciativas, realizadas ou em andamento, distribuídas em duas categorias: 50 prêmios para Iniciativa Cultural Indígena, destinados a organizações e comunidades indígenas que vivem em aldeias ou áreas urbanas, para as diferentes áreas.
Dentre os finalistas, o município do Jordão foi um dos que mais se destacou tendo em vista que conseguiu alocar dois projetos; “Queremos nos chamar de"Huni Kui Kayatubu" de autoria de Cleudon Kaxinawá e “kene unha/estudo do kere” idealizado por Txana Ixã Virgulino Rodrigues Sales. O 1° projeto recebeu nota 9,5 e 2° obteve 89,5.
Tarauacá também foi premiada com o projeto “Resgate shenipabu Miui (os conhecimentos dos antigos)” executado por Edvaldo de Araújo Pereira, na comunidade do rio Murú. Ele obteve a nota 92,5.
Cruzeiro do Sul foi o quarto premiado com “Continuidade do vídeo documentaria identidade shawadawa” de autoria de Jose Salustiano Nogueira Ramos, morador da Aldeia Raimundo do Vale. Ele obteve da banca de avaliadores a nota 92.
O prêmio se estima a valorização e estímulo a iniciativas culturais de povos indígenas e suas comunidades, certificando-as como Pontos de Cultura, caso desejem. Somente os povos indígenas e suas comunidades podem concorrer, mas eles poderão ser representados por organizações indígenas juridicamente constituídas (com CNPJ) ou por pessoa física, mediante autorização expressa das comunidades representadas.
As áreas contempladas são: Religiões, rituais e festas tradicionais; Músicas, cantos e danças; Línguas indígenas; Narrativas simbólicas, histórias e outras narrativas orais; Educação e processos próprios de transmissão de conhecimentos; Meio ambiente, territorialidade e sustentabilidade das culturas indígenas; Medicina indígena; Alimentação indígena; Manejo, plantio e coleta de recursos naturais; Culinária indígena; Jogos e brincadeiras; Arte, produção material e artesanato; Pinturas corporais, desenhos, grafismos e outras formas de expressão simbólica; Arquitetura indígena; Memória e patrimônio; Documentação; Museus; Pesquisas aplicadas; Textos escritos; Teatro e histórias encenadas; Outras formas de expressão próprias das culturas indígenas.
Por Wanglézio Braga, editor do Jornal O Rio Branco

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