Pequeno Eduardo precisa de uma cirurgia e família faz rifa para arrecadar R$ 54 mil (Foto: Reprodução/Facebook) |
A família do pequeno Eduardo, de
apenas nove meses, decidiu vender rifas de um celular para arrecadar R$ 54 mil
para uma cirurgia no bebê em São Paulo. A estudante Letícia Lopes Souza, mãe da
criança, conta que ele nasceu com uma malformação no uréter, o que causa
refluxo e a urina acaba voltando para os rins. Em decorrência do problema, o
bebê sofre com constantes infecções e toma antibióticos diariamente. As rifas
são vendidas por R$ 5.
Letícia relata que durante a gravidez entrou em trabalho
de parto prematuro e precisou ir para Porto Velho (RO). Após uma ultrassom, foi
detectado que Eduardo tinha um dilatação nos rins e na bexiga, mas somente após
o nascimento a gravidade da malformação poderia ser verificada.
Com
apenas oito dias de vida, Eduardo teve uma septicemia - infecção generalizada -
e passou 15 dias internado.
Quando
saiu do hospital em Porto Velho, o bebê foi encaminhados para Curitiba, onde
passou por uma ureterostomia. A barriga dele foi aberta e o uréter retirado
para que a urina saísse. O procedimento foi necessário após a descoberta de que
o pequeno tinha refluxo vesico ureteral - quando a urina volta para os rins e
causa a infecção - mas, após a cirurgia, as infecções continuaram e Eduardo
precisa passar por uma nefrectomia.
"O
objetivo da cirurgia era justamente aliviar o refluxo para que ele parasse de
ter as infecções. O problema permanece, mesmo saindo xixi por dois lugares
ainda não aliviou o suficiente. Como ele toma antibiótico todos os dias e as
infecções continuam, os remédios estão se tornando resistente e até tentamos
internar, mas ele é muito difícil de acesso de veia e não conseguiu ficar todo
o tratamento", relata.
Após
novos exames, foi detectado que o bebê tem uma duplicidade pieloureteral. A mãe
explica que ao invés de ter um uréter em cada um dos rins para levar a urina
até a bexiga, o filho possui dois em cada rim. As constantes infecções acabaram
causando uma lesão em um dos rins. Por isso, a cirurgia também deve retirar uma
parte do órgão para que o restante não seja infeccionado.
"Isso
é o que faz a urina voltar para os rins. Como, após a cirurgia, ele não vai ter
esse uréter a mais a tendência é acabar o refluxo que causa as infecções e faz
ele perder as funções renais", explica.
O
procedimento cirúrgico deve ser feito em São Paulo. Porém, como a família ainda
não conseguiu o dinheiro, a cirurgia foi pré-agendada para o dia 6 de março.
Caso consiga apenas parte do valor, a família pretende viajar e parcelar o
restante. Duas pessoas também ofereceram uma rifa para um ensaio fotográfico e
um jantar completo em um restaurante de Rio Branco.
"Dependemos
disso e também dele não ter nenhuma infecção até a data da cirurgia, pois se
estiver doente a operação não vai poder ser feita. Estamos à disposição para
qualquer pessoa que queria ajudar, pegar um bloquinho para vender a rifa ou de
outra forma. Estamos no aguardo", finaliza.
Quésia Melo, G1
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