Zé
Lima trabalha como motorista há 30 anos (Foto: arquivo pessoal)
A
água que ferve na vasilha ás 05h é utilizada no preparo do café que
compõe o primeiro alimento do dia e traz a energia necessária para mais um dia
de trabalho. O portão da casa se abre e o carro popular inicia o seu percurso
pelas principais ruas de Rio Branco, capital do Acre.
A
caderneta apresenta uma lista extensa com
endereços e atividades diárias de cunho profissional e outras demandas
extraordinárias que, geralmente, são executadas até 20h. Atrás do volante está
José Gildásio de Lima Sousa, 54 anos, casado, natural de Tarauacá. Zé Lima é o
nome pelo qual os amigos mais íntimos costumam se dirigir a ele.
O
profissional que acumula três décadas no exercício da atividade de motorista
ingressou no ramo em 1988, quando veio para Rio Branco em busca de oportunidade
de trabalho. O primeiro emprego foi no mercado Boa Vista, onde permaneceu por
seis meses. Depois, manteve-se na mesma área, prestando serviços para a
representação da prefeitura de Tarauacá.
A
terceira experiência profissional foi dirigir para o deputado estadual Manoel
Machado, onde teve os primeiros contatos com a população jordanense. Naquele
período, Lima conheceu os vereadores de Jordão, durante as agendas no gabinete de
Machado, em Rio Branco.
Em
razão da elevação das demandas institucionais o motorista foi contratado em
1998 pela prefeitura de Jordão, para dar suporte na logística e demandas do
executivo municipal. “Conheci os ex-vereadores Nonato Sombra, Dedé, Dema, Alto
Farias e Célio. Por meio deles, passei a conhecer outras pessoas de lá”,
relata.
A
relação foi crescendo naturalmente enquanto os vereadores indicavam pessoas que
precisavam de apoio para a realização de algumas atividades de interesse pessoal
na capital. “No início, eles me procuravam para buscar auxilio, principalmente,
com transporte para atendimentos de saúde, cirurgias, retirada de documentos e
procedimentos do bolsa família”, lembra Lima.
Lima
continua exercendo sua atividade profissional, dando suporte aos procedimentos
burocráticos do governo municipal junto as instituições. O motorista também se
mantém disponível para realizar as atividades extraordinárias de pessoas que o
procuram. “Muitas vezes são encomendas de remédios. Gosto de auxiliar da forma
que eu posso. Se eu não puder ajudar, também não atrapalho”, concluiu.
Kezio Araújo
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